A epilepsia é considerada uma disfunção temporária de um grupo de células do cérebro, manifestadas por descargas excessivas e anormais. Nesta desordem o padrão normal de atividade neural fica perturbado. Durante a crise epiléptica podem ocorrer convulsões, espasmos musculares, perda de consciência, alterações de comportamento e alterações da emoção, porém as crises podem ser sutis, afetando apenas partes isoladas do corpo e crianças com epilepsia podem apresentar crises de ausência, caracterizadas por interrupção da atividade e olhar vago. É mais freqüênte na infância e pode ser causada por vários fatores: por doenças infecciosas, vasculares, degenerativas, metabólicas, traumas crânio encefálicos, doenças hereditárias...sendo que estes, podem ocorrer durante a gestação, no parto ou após o parto. A epilepsia deve ser tratada por neurologista ou neuropediatra, em geral sendo controlada com uso de medicações. Em casos mais graves pode haver necessidade de tratamento cirúrgico. Existe uma dieta pouco conhecida no Brasil, sendo usada somente em casos de epilepsia refratária, ou seja, intratáveis, é a dieta cetogênica, porém, o médico é quem sabe se pode ou não optar por este tipo de tratamento. Grande parte dos pacientes apresentam, após um período com tratamento medicamentoso, remissão completa das crises, podendo diminuir a medicação ou até mesmo cessar o uso destes. A epilepsia atinge aproximadamente 1% da população mundial, 2% de brasileiros, segundo dados da Unicamp. Ter uma convulsão não significa que a pessoa tenha epilepsia, porém se a crise se repetir por duas ou mais vezes, a pessoa pode ser considerada epiléptica. O diagnóstico pode ser feito através de eletroencefalograma ou tomografia de crânio. A maioria das pessoas com epilepsia, leva uma vida normal, apesar de necessitar de alguns cuidados. A maioria das mulheres com epilepsia podem engravidar e a chance de ter filhos saudáveis é maior do que 90%, desde que faça acompanhamento médico durante o pré-natal.